Dias, de real Guerra

12 de março de 2012

Os dias, já não eram tão claros como sempre foi. O sol, evitava nascer com todo vigor. Não sei o porque. As ruas, estavam paradas, não sei se era por causa de outras greves policiais, ou algo mais sério estaria por acontecer.
Já não sentia do pouco das pessoas, a plena vontade de viver, mas as que viviam, lutavam por isso. Fecho meus olhos e sinto o chão tremer, como se um monte de elefantes, resolvessem ter tirado o dia para se exercitar. Eram pessoas armadas. Fiquei apavorado, pois pensei em morrer ali mesmo, ou na melhor das hipóteses, que não sabia atirar. Um chega e deixa uma Glock g28 em minhas mãos. Senti o peso daquilo. Olhei para o hrizonte e percebi o porquê deles estarem correndo e fiz parte daquele grupo.
O objetivo começou a ser traçado. Corríamos, como se não houvesse mais outras oportunidades. O pessoal, se dissipou. Ficou comigo um cara, com uma aparência de ódio, o jeito bravo de segurar a arma, os olhos espremidos a todo momento, para ter melhor visibilidade em horizontal. O corpo suado de tanto correr.
Vimos um grupo, bem longíncuo. Pensei que seria outros, dos nossos. Mas esses, já não nos pertenciam. Começaram a correr atrás de nós. Eu, ainda não sabia do que se tratava, mas tratei de correr. Alguns, se aproximaram de nós, o outro colega, saiu em um outro caminho e eu? Me enfiei dentro de uma casa. O colega, voltou e abriu fogo para cima deles, por um breve tempo, ele fez muitos cairem, até que sua Colt M16A2 emperrou e ele voltou a correr. Os outros caras passavam e eu, burro, comecei a atirar. Mas logo, acabou as balas. Eles me olharam, uns 5 homens, começaram a me seguir. Corri por dentro da casa, entrei num quarto, abri uma janela grande, pulei-a em um só salto, nem sabia que lembrava como se fazia aquilo. E eles ainda correndo atrás de mim, dando tiros e eu desviando. Vi um breve campo, mas antes, uma casa, que em nível da que eu estava, era baixa. Pulei no telhado e comecei a correr entre os pontos firmes do telhado. Pulei e cai rolando no campo, eles pulavam, joguei minha arma em um deles e continuei a correr, até que esbarrei, com meu colega de novo. Ele fez o favor de dar fim a todos e continuamos andando. Ele vira e fala: Liguei para o meu patrão, o ônibus que estraguei, vai sair do meu bolso o conserto.
O celular vibra. Debaixo do travesseiro. O colchão, range e eu Docellão, percebo que tinha acabado de ter um sonho. Bastante agitado.


 









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